sexta-feira, dezembro 10, 2004

Massacration

Até que tenho tido estórias para contar, mas a falta de recursos computacionais, especialmente, me impedem de escrever neste espaço. Aproveito a breve estadia em Belo Horizonte para dar uma atualizada.

É engraçado passar um tempo longe do local que até há tão pouco tempo era o seu dia-a-dia. Há umas três semanas estive na capital das alterosas e, ao sair do aeroporto, fui direto pegar um ônibus (a vida de opulência termina na porta do terminal de passageiros). Separei os tradicionais um real e quarenta e cinco centavos e aguardei o intermitente 9503. Chegou, entrei e dei de cara com o aviso da nova tarifa: R$1,65. Nada como a segurança do respaldo das urnas para tomar atitudes antipopulares... Enfim, estamos na frente do Rio de Janeiro mais uma vez! Hoje, curiosamente, separei R$1,70. É engraçado perceber como esses pequenos detalhes são apagados da sua mente tão depressa...

Enfim, estava lá, sentado no 8108 e me entra um garoto todo de preto. Uns 14 anos, pulseiras, cordões, um metaleiro. Coisa normal para a idade e o local. O que achei anormal foi o jovem estar trajando uma camiseta do MASSACRATION. Fiquei ali, pensando se as pessoas têm tido problemas em entender piadas. Afinal, já não é a primeira vez que esse tipo de coisa acontece. Pra mim isso só comprova que o nível da nossa escola anda muito ruim mesmo. Se bem que, por outro lado, posso estar ficando ultrapassado, me tornando um velho rabugento e careta. Bah. Melhor ir nessa.


quarta-feira, março 31, 2004

É mais seguro

Verdade seja dita: até que as empresas estão colocando alguns novos veículos para circular. São bonitinhos até. A BHTRANS aproveita o bom momento para fazer publicidade acerca do seu trabalho. Na traseira de alguns ônibus se pode ler: "Viaje de ônibus! É mais seguro!". Bom, é provável que seja sim. Na verdade, a parte difícil e angustiante é ficar no ponto esperando por 15 ou 20 minutos depois da recente "emagrecida" nos quadros de horários das linhas. Aí não é nada seguro, especialmente à noite. De qualquer maneira, podemos creditar um ponto pra eles, afinal não mencionaram a palavra conforto no anúncio.

Bem, pra finalizar, gostaria de fazer um adendo ao post do meu dileto amigo Sérgio. A experiência tem me mostrado que a existência de concorrência não é garantia de um bom serviço. Acho que o problema está mais relacionado à filosofia da empresa que tem a concessão para explorar o trecho. É comum, por exemplo, a viação disponibilizar os carros melhores para as viagens mais atraentes e deixar os famosos "pau-velho", como diria o meu pai, para o interior. Por outro lado, existem empresas que optam por oferecer um serviço legal para qualquer trecho. Me parece que a Presidente, que faz BH-Ipatinga, é uma delas (se bem que o trem faz concorrência a eles). Pelo menos das últimas vezes que fui eram ônibus novos e com ar-condicionado. Por fim, é preciso lembrar que mesmo que haja duas empresas operando num mesmo trecho, a concorrência é só na base da preferência por uma marca ou outra, uma vez que os preços das passagens são EXATAMENTE os mesmos. A solução, talvez, seja aumentar o nível de exigência - por parte do governo - para que uma determinada empresa seja credenciada a operar uma linha.



quarta-feira, março 17, 2004

Ô FULANO!

E então o sujeito se ergue, bota a cabeça para fora da janela e berra um nome qualquer. As pessoas à sua volta se assustam, os transeuntes param e o fulano, alvo de seus gritos, vira-se para o ônibus. A mudança súbita da expressão facial do fazedor de graça logo demonstra aos demais passageiros que a manobra não foi bem sucedida. Um risinho sem graça e uma tentativa desesperada de se camuflar naquele banco e não ser percebido por ninguém. Talvez o pior momento... Não, não foi comigo. Na verdade, eu desisti desse tipo de coisa desde que algo similar me aconteceu no longínquo ano de 1994. Não errei a pessoa, mas a pessoa não olhou pra mim, passou direto. Sobrou a cara de tacho.

Hoje fico por aqui.